Conferências Índico destacam dados como “commodities” na transformação digital de Moçambique

Conferências Índico destacam dados como “commodities” na transformação digital de Moçambique

Infraestruturas e segurança digital

O diretor da BCX Moçambique, Emílio Jorge, sublinhou a importância de robustecer infraestruturas digitais, incluindo redes 5G e centros de dados locais, como condição essencial para a transformação digital segura e competitiva. João Bambo, do Standard Bank Insurance, reforçou a necessidade de proteção de dados e literacia digital, destacando que inovação sem confiança digital não é sustentável.

Regulação e inclusão digital
O administrador do INTIC, Constantino Sotomane, enfatizou a criação de instrumentos legais, como a lei de proteção de dados pessoais, para garantir soberania digital e privacidade dos cidadãos. Já Charles Chadali, da Machel Fidus, apresentou o programa DIGI, voltado para literacia digital em comunidades afastadas, visando reduzir desigualdades e estimular a participação ativa na economia digital.

Inovação e startups
José Nhampossa, da ENPCT, destacou o apoio à inovação e às startups como forma de dinamizar o ecossistema tecnológico nacional, defendendo maior articulação entre setor público, universidades e empreendedores para desenvolver soluções digitais com impacto económico.

No consenso final, os participantes concordaram que, à semelhança dos recursos naturais, os dados são hoje um ativo de elevado valor económico, capaz de determinar a competitividade de Moçambique no contexto regional e global.

Dados como motor de valor
O segundo painel, “Dados como Motor de Valor: Inovação, Finanças e Inteligência Artificial”, reuniu especialistas para refletir sobre o uso da informação como recurso estratégico.

O debate concluiu que transformar dados em ativo económico real é fundamental, podendo gerar valor comparável ao petróleo, porém com maior potencial de sustentabilidade para Moçambique.

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